segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Diálogos Cerimoniais

Rogério Duarte do Pateo, antropólogo
PALAVRAS E PERFORMANCE - agosto de 2006
Nota:o ensaio foi publicado originalmente no site do programa "Cultura e Pensamento" do Ministério da Cultura.

Em todas as regiões do território Yanomami, a comunicação considerada "oficial" entre diferentes comunidades se dá por meio de um sistema de diálogos cerimoniais pelos quais concretizam-se alianças, realizam-se trocas de bens, cônjuges e notícias. As diferentes formas de sua realização, hereamou, wayamu, hiimou e yaimou obedecem a recursos estilísticos e padrões formalizados de execução que são compartilhados e compreendidos em sua totalidade, geralmente efetuados durante os rituais funerários reahu ou quando há a visita de aliados distantes.

Indo além dos conteúdos da oralidade, estes "atos de comunicação" englobam a esfera performática dos diálogos cerimoniais (gestos, manipulação de objetos, ritmos, etc), concretizando uma série de padrões estruturados de significação através dos quais seu sentido é compreendido e julgado pela comunidade.

O diálogo cerimonial wayamu – foco do ensaio fotográfico aqui apresentado – possui um caráter de competição segundo o qual anfitriões e convidados enfrentam-se em uma prova de talento, resistência e criatividade, mediante frases intercaladas, acompanhadas por movimentos corporais claros e expressivos. Seus corpos balançam na cadência das palavras e suas mãos batem ritmicamente no peito ou nas coxas. O volume, a tonalidade e o tempo dos diálogos se alteram, e cada seção é articulada a movimentos corporais expressivos. Em uma estrutura de pergunta e resposta - na qual geralmente um anfitrião inicia o diálogo, rapidamente seguido pela resposta de seu oponente - os participantes vão alternando-se até o amanhecer.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Panela Macuxi

Visita ao ateliê de Lídia Raposo e Terêncio, que produzem a panela de barro dos índios Macuxi em Boa Vista. A ação de D. Lígia integra a Rede de Pontos de Cultura gerida pela prefeitura Municipal de Boa Vista.





domingo, 22 de janeiro de 2012

Pra quem gosta de cachoeira...


Audiovisual realizado pela Cooperativa Indigena de Turismo de Roraima - Morî Paata - Beleza da Terra, com o apoio do Governo de Roraima e produção da JTC Video. Tem o objetivo de mostrar como as comunidades indigenas de Roraima estão buscando o desenvolvimento sustentável por meio do turismo ecológico e do etnoturismo. Com belas imagens das cachoeiras, rios, serras e dos povos indigenas e seus costumes. Confira!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Mais sobre Boa Vista

A cidade tem muitas opções de lazer para crianças e famílias. Possui diversas praças com brinquedos e quadras esportivas. Ontem fui a uma praça que faz parte do Complexo Airton Sena. É uma praça muito grande, com restaurantes, barzinhos, lojas, brinquedos, etc. Estava cheia, e havia muitas crianças brincando, andando de bike, jogando bola, jovens transitando, hippies... Pensei o tempo todo em você Cícero. Quando você vier iremos passear por lá. Também passamos por uma praça onde tem fontes no chão (como na praça da Estação de Belo Horizonte). Mas as pessoas tomam banho. Havia dezenas de pessoas tomando banho, e era de noite...

Hoje me levaram pra tomar banho no Rio Branco, uma delícia de água. Pegamos uma voadeira (custa R$2,00) para atravessar para o outro lado do rio, em uma praia bem em frente à cidade. Essas praias duram até o mês de maio, depois somem devido às cheias e à chuva. Espero que possam vir logo e aproveitar, pois é praia de água doce da melhor qualidade.

A água aqui é excelente, e as pessoas bebem direto da torneira. Banho? só de água fria, e eu tomo banho nos horários estranhos, não é filho? Mas não me importo, pois faz calor pra burro.

Confiram mais algumas fotos:
A filha e o sobrinho da Mônica se divertindo como hamisteres
Praia do Rio Branco, bem em frente à cidade de Boa Vista





Por do Sol

Praia com a cidade na outra margem






sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Caminhada monstro

Hoje fiz uma grande caminhada pela cidade. O objetivo era poder olhar a cidade com calma.



Fui tirando algumas fotos.

A rua onde estou temporariamente morando:



Casas de madeira:





Mais uma visão do rio, agora de dia:


Algumas fotos

Minha primeira visão do rio Branco, na Orla Taumanan:


A Ponto dos Macuxis, sobre o Rio Branco, que liga Boa Vista ao município de Cantá. É parte da BR 401, que liga a Capital ao município de Normandia, na divisa com a Guiana:

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Impressões superficiais

O encontro do Rio Negro com o Solimões é impressionante... Um mundo de água. De uma ponta a outra das asas do avião, até onde minha vista alcançava: água. Meu voo fez parada em Manaus, lá chovia quando pousamos, quando decolamos fazia sol.


A chegada a Boa Vista não me impressionou muito, somente pelo calor. A Mônica, e sua filha Amanda, gentilmente me esperavam no aeroporto.
 

A cidade é plana, movimentada, com espaços amplos, poucos obstáculos à vista. Nada de prédios. Árvores e ruas “sujas” de terra.
 

Estou em um bairro perto do centro. É um bairro residencial chamado Buritis. As ruas são movimentadas, muitas motos e pessoas sentadas nas portas das casas. Há casas de madeira convivendo lado a lado a outras, muradas e com cerca elétrica.


Fui a uma feira (procurar um gato desaparecido) e vi uma pilha enorme de bananas. Comprei bananas. Me disseram que é prata. Mas é um tipo diferente. A casca não é amarelinha... É esverdeada, com manchas escuras, mais macia e doce, uma delícia.




Quase isso. Ainda não vi o céu da cidade, ainda não vi o rio... Quem sabe amanhã